Fiquei
refletindo sobre a minha infância e percebi que as minhas experiências com
leitura foram um tanto quanto fragmentadas. Em minha casa não havia muitos
livros infantis com narrativas, nem momentos de leituras. Acho que a música foi
muito mais presente, até em relação às histórias infantis. Havia muitos discos
de histórias, aqueles coloridos. Ficava deitada no chão, com os ouvidos quase colados na caixa de som. Meu irmão mais velho dizia que os discos iam até furar de tanto ouvi-los.
Quanto à leitura, existiam muitos livros de matemática, desenho técnico, enciclopédias e alguns livros de ciências. Havia um, especificamente, que falava sobre o universo, tinha uma imagem do nosso planeta maravilhosa. Como eu viajava naquele livro! Mal sabia ler, mas parecia que eu entendia tudo, só por algumas imagens. Tinha também uma bíblia enorme, pesada, com muitas ilustrações, que eu folheava só para ver as imagens daqueles santos e ficar morrendo de medo. Aos poucos, meus pais foram comprando livros infantis. O primeiro foi A gralha azul. Foi comprado num supermercado. Antes de comprá-lo, meu pai me perguntou: "Se eu comprar, você vai ler?" Claro que respondi que sim! Foi uma alegria levar o livro para casa.
Agora, meu sonho de consumo mesmo, depois que eu aprendi a ler, era uma caixa vermelha com um material de pesquisa dentro, eram pequenas fichas que falavam sobre vários assuntos, datas comemorativas, personalidades do mundo e do Brasil e fatos marcantes. Era como uma enciclopédia. Eu só podia usá-la com a supervisão de alguém. Eu passava horas lendo aquelas fichas. Era demais! Acho que eu vou até procurar na casa dos meus pais essa caixa, quem sabe ainda exista. Bateu a saudade! (por Miriam Mendes Motta)
Quanto à leitura, existiam muitos livros de matemática, desenho técnico, enciclopédias e alguns livros de ciências. Havia um, especificamente, que falava sobre o universo, tinha uma imagem do nosso planeta maravilhosa. Como eu viajava naquele livro! Mal sabia ler, mas parecia que eu entendia tudo, só por algumas imagens. Tinha também uma bíblia enorme, pesada, com muitas ilustrações, que eu folheava só para ver as imagens daqueles santos e ficar morrendo de medo. Aos poucos, meus pais foram comprando livros infantis. O primeiro foi A gralha azul. Foi comprado num supermercado. Antes de comprá-lo, meu pai me perguntou: "Se eu comprar, você vai ler?" Claro que respondi que sim! Foi uma alegria levar o livro para casa.
Agora, meu sonho de consumo mesmo, depois que eu aprendi a ler, era uma caixa vermelha com um material de pesquisa dentro, eram pequenas fichas que falavam sobre vários assuntos, datas comemorativas, personalidades do mundo e do Brasil e fatos marcantes. Era como uma enciclopédia. Eu só podia usá-la com a supervisão de alguém. Eu passava horas lendo aquelas fichas. Era demais! Acho que eu vou até procurar na casa dos meus pais essa caixa, quem sabe ainda exista. Bateu a saudade! (por Miriam Mendes Motta)
Poxa, é delicioso ler textos como este.....eles nos remetem a tempos maravilhosos de nossas vidas, e estas lembranças são ótimas.
ResponderExcluirFicou muito viva em minha memória a leitura do livro "A Ilha Perdida", livro este que devorei com muita felicidade.
Parabéns pelo blog.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigada! São comentários como este que nos incentivam! (por Miriam Mendes Motta)
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